Conheça a angolana que participou na produção do filme “Resgate”, divulgado recentemente na Netflix

Conheça a angolana que participou na produção do filme “Resgate”, divulgado recentemente na Netflix


Por: Stella Cortêz
Há doze anos a viver em Montreal, Canadá, longe da sua família e dos amigos, Francisca Pimentel é a luso-angolana, que em entrevista ao PLATINALINE, falou sobre os trabalhos que tem desempenhado no mundo cinematográfico.
A mulher que durante algum tempo trabalhou como coordenadora de efeitos visuais numa empresa no Canadá, começou por descrever a sua participação na área de produção do filme “Resgate”, divulgado recentemente na Netflix, cujo protagonista é Chris Hemsworth.
“Foi muito trabalho mesmo, porque o filme é recheado de efeitos visuais como se pode ver, mas no fim, compensou o resultado final. Efeitos visuais são uma parte muito importante nos filmes e séries, porque trabalha o fogo, água e as paisagens. Muitas vezes, os actores gravam num estúdio e depois o resto é acrescentado com os efeitos visuais. Neste filme, em específico, uma grande parte foi gravada em estúdio, uma vez que está repleto de efeitos. Posso dizer que, na altura, foi o maior projecto da empresa onde trabalhei”, disse.
Francisca avança, ainda, que já prestou serviços para o Birds of Prey, no filme da Harley Quinn, Bloodshot com o Vin Diesel, Dora, The Explorer e Cats. Porém, nesta fase de isolamento social, a indústria cinematográfica tem as gravações paradas, todavia o último trabalho que exerceu enquanto coordenadora de efeitos visuais foi o The Boys, uma série da Amazon Prime.
A respeito das dificuldades encontradas ao longo da sua jornada laboral, a angolana prefere não as descrever como dificuldades, mas sim desafios, pois tem um background em Jornalismo, Televisão e Social Media, por isso decidiu passar para uma área completamente diferente e encarar os obstáculos como aprendizagens diárias.
“Independentemente do que faças, aqui eles só querem saber de trabalho. Tenho um colega que trabalha na informática e acho que somos os únicos angolanos nesta área aqui. Acho que sou a única mulher angolana e portuguesa a trabalhar nesta área no Canadá. Pelo menos, não conheço mais nenhuma, se não teria sabido, pois este mundo não é assim muito grande”, frisou.
Longe do calor da família, Francisca destaca que sente muitas saudades do sol e principalmente do cheiro e da brisa do mar.
“Tenho muita família aí. Começando pelo meu irmão. Tenho tios, tias e primos. E os meus pais têm casa em Luanda. É muito difícil ficar longe das pessoas que amamos. É muito duro estar longe de Luanda e, de igual modo, também é duro estar longe de Portugal, onde tenho a minha mãe, as minhas manas e os meus sobrinhos. Não é fácil estar do outro lado do mundo, mas vamos lidando com as saudades, mantemos o contacto permanente graças a todas as redes que nos permitem comunicar e estar sempre ligados”,finalizou. 

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